10 lugares abandonados marcados por guerras e imprevistos

Da Redação
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Muitas construções estão abandonadas atualmente ao redor do mundo, seja por motivos de não trazerem mais o retorno financeiro esperado ou até mesmo por terem sido alvos de horrores contra a humanidade em tempos de guerra. O certo é que suas histórias permanecem lá, estando disponível para os turistas refletirem sobre os fatos ocorridos e ficarem com uma lembrança um pouco diferente das tradicionais que eles estão acostumados.


Hoje veremos uma lista com 10 lugares abandonados no mundo – inclusive no Brasil – e que contam um pouco da história da humanidade. Alguns são assustadores só de olhar para as fotos, outros são apenas negócios que não deram certo.

Para ver a parte dois desta lista clique aqui.

Auschwitz, Oswiecim, Polônia
Auschwitz é considerado como o maior símbolo do Holocausto onde cerca de 1,5 milhão de pessoas foram mortas em seus campos de concentração, entre judeus, ciganos e prisioneiros soviéticos dizimados em câmaras de gás ou em decorrência de doenças, fome, trabalhos forçados, execuções e até experiências científicas desumanas.


Hoje em dia, o lugar tornou-se um museu e é listado como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. O passeio, apesar de triste, mantém viva a memória de mulheres, crianças e homens inocentes que morreram no local.

Bannermans Castle, Ilha Polopel, Nova York
Próximo ao Rio Hudson, o castelo foi construído pelo escocês Frank Bannerman, em 1901, tinha o objetivo de ser um depósito de armas militares durante a Guerra Civil Americana. No entanto, a localização do lugar fez com que fosse alvo de desastres naturais que comprometeram sua estrutura.


Em 1969 o castelo já se encontrava em estado de deterioração, mas ainda permanece em pé até os dias de hoje.

Estação de Comboios de Canfranc, Espanha
Esta foi uma elegante e reconhecida estação de trem, construída no estilo Art Nouveau em 1928 com o objetivo de ligar o país à França. Contudo, durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas invadiram o lugar e o utilizaram para transportar mercadorias, dentre elas o ouro saqueado pelos soldados da Gestapo na Europa.


Na década de 50 a estação foi novamente absorvida pelo governo europeu, mas o seu passado obscuro fez com o interesse do setor de turismo e de negócios diminuísse e, assim, ela foi totalmente abandonada pouco tempo depois.


Chalet da Condessa d´Edla, Sintra, Portugal
Construído no século 19, esse chalé pertenceu a D. Fernando II e à sua mulher Elise Hensler, popularmente conhecida como Condessa d’Edla, uma grande amante das artes e das letras que integrou a Companhia de Ópera de Laneuville como cantora e atriz.


Depois da morte do marido, Elise abandonou Sintra, transferiu todas as propriedades do casal para o Estado e foi viver em Lisboa com a filha, cidade onde viria a falecer, ficando o chalé esquecido no tempo.

Castelo da Dona Chica, Braga, Portugal
Dona Chica, que batiza o castelo foi uma rica brasileira Francisca Peixoto Rego, que mandou erguer a construção no século 20 para organizar festas destinadas à Alta Sociedade local. No entanto, as brigas com o marido, na época com o português João José Ferreira do Rego, culminaram no fim do relacionamento e na interrupção das obras. 


O castelo rústico, que nunca chegou a ser habitado, foi concluído somente em 1991 e hoje encontra-se em completo estado de degradação

Cidade fantasma de Kolmanskop, Namíbia
O Mar de Areia da Namíbia foi o responsável por ‘engolir’ as casas construídas na cidade de Kolmanskop, construídas em 1900 pelos alemães, que viram ali a chance de enriquecer procurando diamantes. Com tanta exploração, o local se esgotou de recursos e, em 1950, o local foi totalmente tomado pelas areias, formando a cidade abandonada e também a Costa dos Esqueletos, um local repleto de mistérios que você pode conferir aqui.


Atualmente os únicos que passam por ali são os curiosos turistas atrás de uma bela foto.

Oradour Sur Glane, França
Esta é “Vila Fantasma da Segunda Guerra Mundial". Seu nome e sua história dão medo em qualquer um, pois este lugar foi placo de um dos piores massacres contra civis do período e o maior já registrado na França. Em 10 de junho de 1944, dias depois do Dia D e do desembarque das tropas aliadas da Normandia, soldados alemães receberam a ordem de se juntar aos seus parceiros de combate na região. No meio do caminho, um comandante recebeu a informação de que um de seus soldados tinha sido feito refém no meio do caminho, na cidade de Oradour-sur-Glane. 


Para se vingar, ele ordenou que centenas de homens fossem fuzilados enquanto mulheres e crianças, que eram mantidas isoladas em uma igreja, morriam queimadas em um incêndio provocado pelos nazistas. Mais de 600 pessoas morreram no local, que hoje encontra-se em ruínas e está exposto à visitação.


Vista da antiga estação ferroviária de Paranapiacaba, em São Paulo
Situada em Santo André, ficou popularmente conhecida como “vila inglesa” graças ao seu clima, e por suas construções que lembram a arquitetura inglesa. 


Mas o que chama atenção de muitos turistas é a estação férrea abandonada. Alguns dos vagões que estão lá até hoje são os mesmo que transportaram D. Pedro II durante o período imperial.

Vila de Pegrema, Rússia
Antigamente esse vilarejo era habitado por camponeses, contudo, hoje, a região é completamente dominada por uma ampla área verde e pequenas casas de madeira, além de abrigar uma igreja intacta datada do ano de 1770. 


A história conta que a vila foi abandonada durante os conflitos da Revolução Russa, iniciados em 1917 e que espantaram moradores do local.

Casa e Museu Salto Del Taquendama, Colombia
Em 1928, foi inaugurado o Hotel Del Salto na região colombiana de Cundinamarca, que abriga um cenário de belezas naturais, boa parte disso devido às quedas d’água de Salto Del Tequendama. O mirante deixava os hóspedes de frente com a cachoeira, o que devia ser incrível. O problema foi que a atividade do hotel, juntamente com a da hidrelétrica de El Charquito, ali por perto, passou a prejudicar a flora e a fauna local, além poluir as águas.
Além disso, existem histórias de vários suicídios nas cascatas que chegam a quase 160 metros de altura, espantando muitos turistas. 


O hotel acabou sendo abandonado e em 2014, a construção passou a abrigar a Casa e Museu Salto Del Tequendama, focado em biodiversidade, e foi restaurada – sem, no entanto, perder suas características originais e nem a fama de mal-assombrada.

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