Manchas de óleo já afetam praias nordestinas e a vida marinha

Da Redação
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Já são 156 pontos do litoral nordestino que estão afetadas pelo vazamento de óleo, até então, vindo de lugares incertos. Relatórios preliminares da Petrobrás indicam que o material pertence à Venezuela.

O óleo pegajoso chegou ao litoral norte da Bahia, nas praias do Forte, Baixio e Porto de Sauípe na última terça (08/10). Em Alagoas, o óleo atinge 15 praias, e duas estão em situação mais grave: Coruripe e Piaçabuçu, impedindo até mesmo os pescadores de trabalharem. 

O óleo está afetando corais e animais marinhos, bem como a rotina dos moradores.

O óleo é uma ameaça aos corais. No Rio Grande do Norte, animais marinhos como tartarugas e peixes já começam aparecer mortos cobertos pelo material fóssil.
Ainda na terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse estar desconfiado que o material pertença “a um país”, sem se referir a um em específico: "Eu não posso acusar um país, vai que não é aquele país. Não quero criar problemas com outros países. É reservado", afirmou o presidente. 

Animais marinhos cobertos de óleo buscam refúgio nas areias das praias nordestinas

Contudo, a Petrobras já trabalha com a possibilidade de o material ser proveniente da Venezuela após estudos moleculares. A empresa ainda afirmou que não comercializa aquele tipo de produto, sendo este comum de refinarias do país vizinho.

As suspeitas até então são de despejo criminoso ou acidente na hora da transferência de um navio a outro. A Petrobras não estuda as chances de navio afundado ou fissura oceânica, pois, segundo a empresa, o vazamento seria constante, o que não é o caso agora. "Existe a possibilidade de esse material ser liberado gradualmente", afirmou o presidente da Estatal, Roberto Castello Branco ao G1.

Segundos os relatórios, o material em questão é uma mistura de óleos comercializados na Venezuela, e que não é encontrado aqui no Brasil. A Marinha já investiga os cento e quarenta navios que estiveram próximos à costa Brasileira antes do ocorrido.